o amor que ainda (r)existe.

A universidade é como uma grande árvore de conhecimento, e um projeto de extensão é como seus galhos que se estendem para fora das salas de aula, alcançando a comunidade e conectando o mundo acadêmico com o “mundo exterior”. (Ao grupo de roteiristas: eu só pensei em contextualizar pro público geral o que é um Projeto de Extensão em uma linguagem simples, se não acharem necessário podem descartar tranquilamente esta parte).

Valéria Rocha e Dora Cudignola, mãe e filha entrevistadas para o projeto.

Os alunos de Publicidade e Propaganda do terceiro semestre trabalharam juntos para trazer atenção aos que por várias vezes sequer são olhados. Este projeto de extensão trouxe a possibilidade de olhar a vida além do básico, escutar histórias profundas, criar conexões valiosas e documentar casos de amor que o tempo tentou por vezes reprimir e apagar.


O projeto O Amor que Ainda (R)existe buscou conhecer personagens e narrar histórias de amor de casais +50. Os protagonistas deste trabalho viveram em tempos em que a aceitação e os direitos LGBTQIA+ eram ainda mais restritos do que hoje. Enfrentaram discriminação, preconceito e, muitas vezes, precisaram esconder quem realmente eram.

Silvio, entrevistado para o projeto e Vanderlei Postigo, professor orientador do projeto de extensão

Esta extensão aborda através de entrevistas emocionantes o laço entre casais que ainda compartilham a jornada da vida, ao mesmo tempo que lida delicadamente com as lembranças nostálgicas de corações que guardam saudades de um amor que transcende o tempo. Arquivos de vitória sobre as adversidades do passado e um testemunho de suas memoráveis resiliências.

Texto por Murilo de Oliveira e Silva e Raquel Moura do Nascimento.

Eternamente SOU

O amor LGBTQIA+ na terceira idade desafia estereótipos e preconceitos sobre envelhecimento. Muitas vezes, há a suposição errônea de que o amor e a intimidade são menos importantes ou menos presentes na vida das pessoas mais velhas. No entanto, pessoas LGBTQIA+ acima dos 50 continuam a buscar e a vivenciar relações afetivas ricas e significativas, mostrando que o amor não tem idade. Por conta desse fato, a EternamenteS OU foi criada em 2017 com um coletivo de profissionais mobilizados pela necessidade da implementação de serviços e projetos voltados ao atendimento psicossocial a pessoas idosas LGBT. Levando em conta, todo o preconceito, repressão e muitas vezes a invisibilidade sofrida por esse público em nosso país, a E.SOU busca desenvolver um trabalho integrado na rede socioassistencial do município de São Paulo, de modo a favorecer sua inclusão social e protagonismo, proporcionando uma velhice digna e ativa.

A Eternamente SOU tem como principal objetivo lutar em prol de um envelhecimento ativo, digno e acolhedor para as minorias LGBTQIA+ da melhor idade. A visão da ONG é dar um centro de convivência referencial para essa minoria, um lugar de acolhimento e atividades, claro, prezando sempre pelo respeito, trabalho em equipe e cuidado.


A E.SOU evidencia que o amor transcende as barreiras do tempo.

Texto por Murilo de Oliveira e Silva e Raquel Moura do Nascimento.

CAMINHADA LÉSBICA E BI, PARADA LGBT+

A primeira edição da Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo ocorreu em 2003 e surgiu seis anos após a primeira Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, com o propósito de oferecer um contraponto político à celebração festiva da Parada. É importante destacar que essa iniciativa não pretende desmerecer o papel político fundamental da Parada do Orgulho, que mobiliza milhões em torno dos direitos da comunidade LGBTQIA+, mas sim reconhecer que, devido ao grande porte do evento, pode ser desafiador realizar discussões políticas mais aprofundadas.


Desde o início, a Caminhada tem se dedicado a promover debates políticos sobre a realidade das mulheres lésbicas e bissexuais, adaptando-os conforme a conjuntura. Anualmente, o evento colabora na construção coletiva de um manifesto político, demonstrando seu compromisso com a conscientização e a defesa dos direitos dessas comunidades.

Em sua 28ª edição, a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo retorna à Avenida Paulista com o tema "Basta de Negligência e Retrocesso no Legislativo: Vote Consciente pelos Direitos da População LGBT+". Um assunto bastante importante em um ano de eleição, onde toda a sociedade irá votar e exercer o seu direito. O evento ocorreu no dia 2 de junho de 2024, reafirmando seu compromisso de combater o preconceito e apoiar representantes que promovam políticas públicas afirmativas e deem visibilidade às pautas de direitos humanos. É um chamado urgente e necessário em tempos de retrocessos e ataques aos direitos conquistados.


A escolha do tema reflete negligência no legislativo, que se traduz na omissão em criar e implementar leis que protejam essa população. Retrocessos, por sua vez, são percebidos nas tentativas de reverter direitos já conquistados, como o casamento igualitário, adoção por casais do mesmo sexo e o reconhecimento de identidades de gênero.


Muito além de uma festa, a Parada do Orgulho LGBT+ serve como um chamado à ação. É um lembrete da importância de cada voto na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Ao enfatizar a necessidade de um voto consciente, o evento não só celebra a diversidade, mas também reforça o compromisso contínuo com a luta pelos direitos humanos.


Texto por Murilo de Oliveira e Silva e Raquel Moura do Nascimento.

CONHEÇA OS ENTREVISTADOS

Lili Vargas

Lili Vargas,

uma mulher trans de 74 anos, ativista social que luta pelos direitos das mulheres trans da cidade de São Paulo. Ela encontrou o seu grande amor aos 19 anos de idade e seguem juntos até hoje.


Resistiram a homofobia e a todo o preconceito durante esses anos e durante a sua transição o amor que sentiam um pelo outro foi ponto chave para a paixão genuína que sentem até hoje.

texto por Diogo Silveri.

Silvio Henrique

Silvio Henrique,

um homem gay de 57 anos, empresário e que conviveu com o grande amor da sua vida por 12 anos.


Se conheceram em uma festa junina, em uma roda de conversa com deficientes auditivos, quando ele havia apostado com o seu amigo uma caixa de cerveja que conseguiria curtir a festa com o homem que no fim das contas seria a sua grande paixão. Silvio resistiu à homofobia, Aids e a perda desse grande amor para o vício das drogas.

texto por Diogo Silveri.

Dora Cudignola

Dora Cudignola,

uma mulher lésbica de 71 anos, mãe e professora aposentada que ama apreciar a vida.


Silvia foi o grande amor da sua vida e continua sendo. Se conheceram em um bate-papo das lésbicas na UOL. Foram 13 anos de amor, felicidades e o olhar da paixão. Apesar de ter se tornado viúva, Dora entende que o amor persiste e abriu lugar para a solitude. Ela sabe como a própria companhia é importante.



texto por Diogo Silveri.

Valéria Rocha

Valéria Rocha,

uma mulher lésbica e psicóloga voluntária da ONG Eternamente Sou. Trabalha especificamente com o público idoso da comunidade LGBTQIAPN+.


Aos 16 anos se encantou pela terapia, e em seguida pela área da psicologia. Trabalhar com essa parcela pra ela é natural e gratificante pelo convívio com a comunidade que ela teve durante a vida, por meio da sua mãe Dora Cudignola.

texto por Diogo Silveri.

Silvio Henrique

Dani Paes,

um homem gay de 57 anos, empresário e que conviveu com o grande amor da sua vida por 12 anos.


Se conheceram em uma festa junina, em uma roda de conversa com deficientes auditivos, quando ele havia apostado com o seu amigo uma caixa de cerveja que conseguiria curtir a festa com o homem que no fim das contas seria a sua grande paixão. Silvio resistiu à homofobia, Aids e a perda desse grande amor para o vício das drogas.

texto por Diogo Silveri.

Silvio Henrique

Zeca Guitierres,

um homem gay de 50 anos, jornalista e ator. Graças a sua amiga lésbica Elisangela ele se entendeu como homem gay.


Ela tem esse papel do grande amor da vida dele. provando que um amor genuíno não necessariamente é romântico, mas sim que uma amizade verdadeira vale mais que qualquer homem.

texto por Diogo Silveri.

CONHEÇA A EQUIPE

Professor Orientador do projeto de extensão.

Ana Luiza Mendes Da Silva

Giovana Faria Hiar de Carvalho

Julia Medeiros de Paula

Lais Toba Lopez

Leticia Satie Yamakawa

Marcella Martins

Maria Vitória Gonçalves Ribeiro

Murilo de Oliveira Silva

Pedro Enrique de Carvalho Pinto

Victor Scarparo Bomfim

Victor Soares Rodrigues

Vitória Santos de Andrade